LARGOU-ME
Naquela escuridão,gritos em meus
pensamentos,passaram-me a seguir,corpos em
pedaços a vagar pelo quarto solitário.
Telhas de aranha prendiam-se em mim,
como ganchos sem me soltar,
desenhos na vidraça suja pelo sangue surgiam.
Mas com o calor do comodo faziam-me delirar
sombras por mim não paravam de passar,
fechem seus olhos e deixem se libertar.
Mãos gélidas a me segurar,por que
largou-me aqui?
Sem poder entrar,eu te procurei
mesmo imóvel me soltei,me queria ao seu lado
mas sem palavras preferiu me deixar fugir
e por medo não quis me segurar,mas era tudo
o que eu queria.